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segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha sobre a obra "Os setes saberes necessários à educação do futuro", de Edgar Morin.

RESENHA CRÍTICA MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 11. Ed. São Paulo: Cortez, 2013. CREDENCIAIS DO AUTOR Edgar Morin nasceu em Paris, na França, em 21 de Junho de 1921. É um judeu de origem serfadita e ateu confesso. Também foi antropólogo, sociólogo e filosofo francês, pesquisador emérito do CNRS(Centre National de la Recherche Scientifique), formado em Direito, História e Geografia. É considerado um dos maiores pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade. A principal obra desse autor é constituída por seis volumes (O Método), foi escrita em três décadas e meia e trata-se de uma das maiores obras de epistemologia disponível. RESUMO DA OBRA A obra Os setes saberes necessários à educação do futuro, nasceu com o objetivo de aprofundar a visão transdisciplinar da educação, solicitado pelo UNESCO, o autor expos suas ideias sobre a educação do amanhã. É uma obra que aborda problemas sociais complexos diante da necessidade de uma boa prática educacional. A obra é dividida em VII capítulos incluindo a apresentação da edição brasileira e o prólogo. O primeiro capítulo trata das cegueiras do conhecimento, que são: o erro e a ilusão, considerados segundo o autor o primeiro buraco negro que diz respeito ao conhecimento. Existem os erros mentais armazenados no cérebro, onde constitui um funcionamento interno em que se fermentam as necessidades, sonhos, desejos entre outros. Cada mente é dotada também de um potencial de mentira para si próprio, é então onde fortalece os erros e ilusões. O segundo capítulo aborda os princípios do conhecimento pertinente, considerado o segundo buraco negro, pois não é ensinado relacionar o aprendizado com o seu objetivo, há uma necessidade de fazer uma contextualização dos conhecimentos históricos e geográficos, por exemplo. O terceiro capitulo lança um olhar a condição humana, somos indivíduos de uma sociedade e fazemos parte de uma espécie ao mesmo tempo que somos uma espécie fazendo parte de uma sociedade, o autor aborda que devemos reconhecer nosso duplo enraizamento no cosmos físico e na esfera viva. O quarto capitulo ensina que é preciso existir a compreensão humana em todas as áreas da vida, é necessários compreender nosso vizinhos, amigos e familiares. O egocentrismo toma conta da sociedade atual que favorece um sentido de vida individualista, alimentando a autojustificação e rejeição ao próximo. O quinto capítulo sugere o enfrentar as incertezas, diante de vários acontecimentos históricos e científicos, as consequências desses acontecimentos levaram gerações a incerteza. O homem é confrontado de todos os lados, é levado em nova aventura. O autor descreve que é preciso saber interpretar a realidade antes de reconhecer onde está o realismo. O sexto capítulo ensina a compreensão, pois o avanço da incompreensão é ainda maior diante da compreensão. O egocentrismo, etnocentrismo e o sociocentrismo tomam conta do ser humano. Se faz necessário decidir compreender que é também aprender e reaprender incessantemente. O sétimo capítulo trata da ética do gênero humano, segundo o autor o gênero humano comporta a tríade individuo/sociedade/espécie. Os indivíduos são mais do que produtos do processo reprodutor da espécie humana, mas o mesmo o processo é produzido por indivíduos a cada geração. CONCLUSÕES DA RESENHISTA De um modo geral o autor apresenta diversas teorias para explicar os buracos existentes na educação. A visão diversificada desse olhar transmite ao leitor um conhecimento profundo sobre o assunto e aborda de maneira clara e coesiva. Morin alerta-nos dos perigos de levar a diante erros e ilusões da mente, e também sobre as inadequações que desuni os saberes, e os problemas multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários. Aborda também sobre o conhecimento isolado, tornando-se na vida do educando algo inútil e insuficiente. CRITICA DA RESENHISTA A obra estabelece grande subvenção para o ensino da educação deste século e outros futuro. O uso substancial de valores e informações que auxiliam na compreensão dos acontecimentos presente é de suma relevância para compreendermos o caos da educação, pois os sólidos acontecimentos históricos nos faz reconhecer as varias linhas filosóficas defendida nesta obra. A leitura dessa obra necessita de varias áreas de conhecimentos como: conhecimento filosófico, teórico, antropológico entre outros. O autor esclarece as razões problemáticas da educação e da sociedade em geral, consolidando um olhar reflexivo em questões que ainda podem ser mudadas em um futuro próximo. INDICAÇÕES DA RESENHISTA A obra tem por objetivo discutir alternativas e oferecer sugestões para uma educação de qualidade e a formação dos estudantes contemporâneos, a fim de lançar um olhar crítico diante da educação e os seus saberes. Não se trata de um simples manual, com passos a serem seguidos, mas um livro que apresenta os fundamentos necessários à compreensão para uma melhoria na formação ser. É relevante que todos que atuam na área da educação obtivesse a leitura desta obra, como também estudantes universitários e pesquisadores. A fim de que possam realizar, planejar e desenvolver suas próprias pesquisas, na graduação e pós-graduação, utilizando-se do rigor necessário à produção de conhecimentos confiáveis, pois contribuem para o desenvolvimento da atitude crítica necessária ao progresso do conhecimento. Geane Ribeiro de Sousa Torres, graduanda em Letras na Universidade Estadual do Maranhão, Professora de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental maior.

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