Figuras
de Linguagem
• O que é figura de linguagem? As figuras de linguagem são
recursos que tornam mais expressivas as mensagens.
• Qual a importância
de estudar as figuras de linguagem? Ajuda-nos a compreender melhor os textos
literários, publicitários, humorísticos e outros; ensina-nos a compreender a
beleza da linguagem que pode ser falada de diversas formas; nos ajuda a
expressarmos o que sentimos por meio dos nossos pensamentos.
• Sentido Denotativo: Sentido mais comum da palavra, por exemplo, o dicionário =
sentido próprio. Ex: Meu tio recebeu um transplante de coração.
• Sentido Conotativo: sentido particular, “especial” que a palavra
adquire por causa de um contexto específico em que é usada. = sentido figurado.
Ex: Oi coração, tudo bem com você?
Denotativo: Ele colocou a corda na rede. Conotativo: Ele está com a
corda toda. Na nossa linguagem comum podem existir frases que tenham o mesmo
sentido, por exemplo: Isso é um castelo de areia. Pode ser tanto denotativo,
quanto conotativo.
No sentido denotativo, refere-se ao castelo feito de areia na
praia; e no sentido conotativo é algo incerto que pode desmoronar.
• Metáfora: Consiste no emprego de uma palavra em sentido que não lhe é
próprio, resultante da relação de semelhança entre dois termos. Ex: Minha boca
é um túmulo. Ler é uma delícia
• Comparação:
Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma
determinada semelhança. Como / semelhante a / igual a / que nem / tal qual
Exemplos: Júnior é inteligente que nem Stefânio.
“Para a florista, as
flores são como beijos...” Roseana Murray
Pâmela anda igual a Gisele Bundchen. A minha casa é
semelhante a um castelo.
Você joga bem, tal
qual joga Neymar.
• Hipérbole é um exagero intencional com a finalidade de tornar mais
expressiva à ideia.
Exemplos: Estou morrendo de fome Já falei mil vezes para
fazerem silêncio.
Faz dez séculos que não nos vemos. “Te trago mil rosas
roubadas” Cazuza / Exagerado
• Personificação: Consiste em atribuir características humanas a seres
inanimados ou irracionais. Ex: Dava pra ver o tempo ruir... Oceano (Djavan)
Música: De repente, Califórnia (Lulu Santos) (...) O vento beija meus cabelos
As ondas lambem minhas pernas O sol abraça o meu corpo Meu coração canta
feliz.(...) O céu está mostrando sua face mais bela.
• Metonímia: Consiste no emprego de uma palavra por outra, com a qual tem
uma relação de interdependência, proximidade. Aqui também existe a comparação,
só que desta vez ela é mais objetiva.
• O nome do autor no
lugar do nome da obra; Ele gosta de ler Clarice Lispector.
• A marca no lugar do
produto; Eu visto Kalvin Klein
• A causa no lugar do efeito; A velhice deve ser respeitada.
(os idosos)
• A parte no lugar do
todo. Não tinha teto em que se abrigasse. (“Teto” em lugar de “casa”)
Ele comeu uma caixa de
chocolate. (Ele comeu o que estava dentro da caixa)
Pão para quem tem fome. (“Pão” no lugar de “alimento”)
• Eufemismo:
figura por meio da qual se procura suavizar, tornar menos chocantes palavras ou
expressões que são normalmente desagradáveis, dolorosas ou constrangedoras. Ex:
Ela passou dessa para melhor.
•
Catacrese
É o emprego de um termo figurado por
falta de um termo próprio para designar determinadas coisas. É uma metáfora
desgastada pelo uso excessivo.
•
Sentou-se
no braço da poltrona para descansar.
•
Não
me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do
rosto avermelhadas.
•
A
asa da xícara quebrou-se.
•
Usamos
a catacrese em expressões como “orelha de livro” ou “dente de alho”.
O termo “engarrafamento”, usado para designar o congestionamento de
automóveis, ou o verbo “embarcar”, usado no sentido de entrar no carro,
no avião ou no trem, são exemplos de catacrese.
•
Na
expressão “casal gay”, curiosa porque “casal”, ao pé da letra, é um par
formado por macho e fêmea, apagou-se o sentido de heterossexualidade e avivou-se o sentido de par unido por laços de
afetividade.
METONIMIA
É a substituição do sentido de uma
palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma reação lógica.
o instrumento pela pessoa que o
utiliza.
•
Os microfones corriam atropelando até o
entrevistado.
(microfone = repórteres)
(microfone = repórteres)
•
Ele é um bom pincel, o problema é que seus quadros
são caros.
(pincel = pintor)
(pincel = pintor)
•
Ele é um bom garfo.
(garfo = come de mais)
(garfo = come de mais)
o abstrato pelo concreto.
•
A juventude é corajosa e nem sempre consequente.
(juventude = jovens)
(juventude = jovens)
•
A infância é saudavelmente desordeira.
(infância = crianças)
(infância = crianças)
O autor pela obra.
•
Ouvi
Mozart com emoção. (a música de Mozart)
•
Leio
Graciliano Ramos porque ele fala da realidade brasileira.
(obra
de Graciliano Ramos)
O continente (o que contém) pelo
conteúdo (o que está contido).
•
Ele
comemorou tomando um copo de caipirinha.
(Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida no copo)
(Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida no copo)
A parte pelo todo.
•
"
o bonde passa cheio de pernas." (Drummond) (pernas = pessoas)
•
São
muitas as famílias que procuram um teto para morar. (teto = casa)
O singular pelo plural.
•
"
Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.“ (Art.3º-Declaração
Universal dos Direitos Humanos)
(homem = Humanidade)
(homem = Humanidade)
•
A
mulher foi chamada para ir às ruas na luta contra a violência. (mulher = todas
as mulheres)
o efeito pela causa
•
Com
muito suor o operário construiu sua casa.
(suor = casa)
(suor = casa)
•
As
indústrias despejam a morte nos rios.
(morte = poluição)
(morte = poluição)
a matéria pelo objeto
•
Os
bronzes tangiam avisando a hora da missa:
(bronze = sino)
(bronze = sino)
• • Os
cristais tiniam na bandeja de prata.
(cristais = copos)
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