Paródia Canção do Exílio
(Geane Ribeiro)
(Geane Ribeiro)
Minha terra tem buracos,
Onde os carros caem lá;
Os buracos que aqui permeiam,
Não permeiam como lá.
Onde os carros caem lá;
Os buracos que aqui permeiam,
Não permeiam como lá.
Nossas ruas têm mais crateras,
Nossos bairros têm mais dores,
Nossos bosques não existem,
Nossa vida mais dolores.
Nossos bairros têm mais dores,
Nossos bosques não existem,
Nossa vida mais dolores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais buracos encontro lá;
Minha terra tem buracos,
Onde quebra as peças lá.
Mais buracos encontro lá;
Minha terra tem buracos,
Onde quebra as peças lá.
Minha terra tem crateras,
Que tais encontro cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais buraco encontro lá;
Minha terra não tem asfalto,
E ninguém pra se importar.
Que tais encontro cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais buraco encontro lá;
Minha terra não tem asfalto,
E ninguém pra se importar.
Não permita Deus que eu morra,
Ao cair no buraco lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as obras,
Onde alguém vai restaurar.
Ao cair no buraco lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as obras,
Onde alguém vai restaurar.