Quando falamos de Variações Linguísticas nos referimos aos diversos
falares (modos de falar) que existem em um país, no caso, o Brasil. A língua se
transforma, sofre diversas variações que vão ocorrendo de acordo com a
necessidade dos falantes. Embora exista uma norma-padrão da língua, ao falarmos
ou escrever sempre utilizamos uma variedade linguística, que podem ou não estar
entre as variedades cultas da língua, também chamadas de variedades urbanas de
prestígio. Ou seja, essa variação dependerá das condições sociais, culturais,
regionais e da situação a qual o falante se encontra, isto é, onde está, com
quem fala, sobre o que fala etc. Temos então a adequação, onde o falante ajusta
a sua fala de acordo com a situação.
Diante dessas informações
deixo um exemplo bem claro no poema:
Vício na fala (Oswald de Andrade)
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Esse poema, (pelo olhar da literatura) ele é
Modernista, mas na Língua Portuguesa temos a presença das variações linguísticas,
onde o autor utilizou os diversos falares para fazer uma representação dessas
variantes. O que podemos notar aqui é a originalidade da língua diante das
formalidades em que a gramática propõe, portanto, o poema torna-se informal, ou
seja, faz-se de uma linguagem simples, que trata das relações sociais que são
influentes até hoje na Língua falada.
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